terça-feira, 27 de junho de 2017

Reflexões sobre Inovação

Durante um tempo tive a honra de ser convidado pelo IBGE, para que o pessoal de lá entendesse um pouco como funcionava o mercado de TI. Havia tanta curiosidade quanto desconhecimento.

Porém um consenso sempre prevaleceu: a TI está umbilicalmente ligada à inovação,  principalmente no que que diz respeito a produtos de software, customizáveis ou não, e serviços que envolvam metodologias e práticas de negócio.

Conversamos muito sobre conceitos de inovação no sentido mais amplo. E descobri que inovação é quase uma ciência sem fronteiras! São vários os pensadores e filósofos que formulam princípios do que é inovar.

Guardei para mim uma das ideias que sempre repito: há três formas de inovar do ponto de vista corporativo. A inovação para o mundo: é quando se propõe algo que nunca foi feito antes. A inovação para o país: é quando se traz algo que nunca antes foi aplicado no país. E a inovação para a empresa: é quando se adota algo que a empresa nunca praticou.

Na Ingresso.com praticamos a inovação para o mundo. Pela primeira vez (que a gente tivesse conhecimento) alguém propunha imprimir em casa o ingresso, ao invés de retirar no cinema ou no teatro. Deu certo! Hoje isto acontece no mundo inteiro.

Na Task lançamos pela primeira vez no Brasil o ponto eletrônico. O pioneirismo teve o seu preço, mas o resultado foi muito bom. O Forponto virou referência.

Desenvolvemos do zero um produto para service desk, seguindo as melhores práticas do ITIL. Não foi uma inovação para o Brasil, pois outras empresas internacionais já estavam por aqui. Entretanto criamos no Vivaz o conceito de Cenário dentro da etapa de mudança. O Cenário é uma forma prática para documentar mudanças em projetos ou processos e, ao mesmo tempo, obter do cliente a aprovação do que está sendo proposto. Ou seja, um compromisso mútuo. Uma vez aprovada e implementada, fica disponível para o todo sempre! O Cenário é uma inovação para o mundo (que a gente saiba) no ambiente de service desk.

Agora, desenvolvemos o Atobá. Com conceitos inovadores, o Atobá cria em pouquíssimo tempo o relacionamento entre cliente e seu interlocutor, numa relação 1 para 1. Comporta funcionalidades para disponibilizar as informações do sistema legado e um banco de documentos e imagens. Ainda não encontramos nada igual, mas não dá para dizer que somos os únicos, o que deve ser pouco provável, dada a velocidade e a quantidade de pessoas que hoje desenvolvem soluções inovadoras.

Quando em 2000 lançamos o Wintility, implementamos várias inovações. Por exemplo, a possibilidade de criar um documento a partir de uma regra de nomeação, e de salvar num local previamente estabelecido. Desta forma, deixava de ser uma atribuição do usuário definir nome e local para salvar, passando a ser uma regra da empresa. Foi certamente uma inovação e tanto. Praticamente eliminamos a possibilidade de um documento se perder, dentro do ambiente corporativo.

Inovar custa caro. A maioria das vezes quem inova não é quem vai colher os louros. Há muitas outras variáveis em jogo. Mas é muito prazeroso ver que a sua ideia pode ajudar a melhorar as pessoas, as empresas, e quiçá, o mundo.
















Um comentário:

  1. Caro Ilan Goldman,
    Quem t conhece não se espanta com a facilidade q tem em
    vislumbrar o futuro em TI, qndo muito jovem ainda, ficava fascinado com sua forma de ver como os serviços deviam ser prestados.
    Contudo, venho fazer meu eterno agradecimento de acreditar q na minha juventude eu pudesse fazer parte do seu book de fornecedores. Talvez não saiba Ilan, mas como isso mudou minha vida, até hj sigo as suas percepções como devemos prestar um serviço e demais considerações que somente os mais atentos tem a oportunidade em perceber que isso será usado na vida.
    Onde estou hj, passa um pouco pela história que deixou na minha vida; querido e eterno ILAN GOLDMAN.

    JORGE LUCIO
    JORGE LUCIO FERREIRA MIRANDA

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