Porém um consenso sempre prevaleceu: a TI está umbilicalmente ligada à inovação, principalmente no que que diz respeito a produtos de software, customizáveis ou não, e serviços que envolvam metodologias e práticas de negócio.
Conversamos muito sobre conceitos de inovação no sentido mais amplo. E descobri que inovação é quase uma ciência sem fronteiras! São vários os pensadores e filósofos que formulam princípios do que é inovar.
Guardei para mim uma das ideias que sempre repito: há três formas de inovar do ponto de vista corporativo. A inovação para o mundo: é quando se propõe algo que nunca foi feito antes. A inovação para o país: é quando se traz algo que nunca antes foi aplicado no país. E a inovação para a empresa: é quando se adota algo que a empresa nunca praticou.
Na Ingresso.com praticamos a inovação para o mundo. Pela primeira vez (que a gente tivesse conhecimento) alguém propunha imprimir em casa o ingresso, ao invés de retirar no cinema ou no teatro. Deu certo! Hoje isto acontece no mundo inteiro.
Na Task lançamos pela primeira vez no Brasil o ponto eletrônico. O pioneirismo teve o seu preço, mas o resultado foi muito bom. O Forponto virou referência.
Desenvolvemos do zero um produto para service desk, seguindo as melhores práticas do ITIL. Não foi uma inovação para o Brasil, pois outras empresas internacionais já estavam por aqui. Entretanto criamos no Vivaz o conceito de Cenário dentro da etapa de mudança. O Cenário é uma forma prática para documentar mudanças em projetos ou processos e, ao mesmo tempo, obter do cliente a aprovação do que está sendo proposto. Ou seja, um compromisso mútuo. Uma vez aprovada e implementada, fica disponível para o todo sempre! O Cenário é uma inovação para o mundo (que a gente saiba) no ambiente de service desk.
Agora, desenvolvemos o Atobá. Com conceitos inovadores, o Atobá cria em pouquíssimo tempo o relacionamento entre cliente e seu interlocutor, numa relação 1 para 1. Comporta funcionalidades para disponibilizar as informações do sistema legado e um banco de documentos e imagens. Ainda não encontramos nada igual, mas não dá para dizer que somos os únicos, o que deve ser pouco provável, dada a velocidade e a quantidade de pessoas que hoje desenvolvem soluções inovadoras.
Quando em 2000 lançamos o Wintility, implementamos várias inovações. Por exemplo, a possibilidade de criar um documento a partir de uma regra de nomeação, e de salvar num local previamente estabelecido. Desta forma, deixava de ser uma atribuição do usuário definir nome e local para salvar, passando a ser uma regra da empresa. Foi certamente uma inovação e tanto. Praticamente eliminamos a possibilidade de um documento se perder, dentro do ambiente corporativo.
Inovar custa caro. A maioria das vezes quem inova não é quem vai colher os louros. Há muitas outras variáveis em jogo. Mas é muito prazeroso ver que a sua ideia pode ajudar a melhorar as pessoas, as empresas, e quiçá, o mundo.