O software do tipo conhecido como App é um exemplo extraordinário. As pessoas são apresentadas a eles por boca a boca, e passam a adota-lo pelo benefício que trazem para o seu cotidiano. A maioria destes Apps não tem custo, e o impacto é gigante em milhões de pessoas.
Não raro me perguntam como pode haver um investimento tão significativo numa solução como o Waze ou o WhatsApp, e estes não custarem nada. Os entendidos dizem que é justamente o fato de terem uma comunidade fidelizada a razão de seu sucesso. E que o dinheiro vem em seguida, em decorrência desta fidelização.
É difícil de compreender mas é inegável o valor destes aplicativos. Minha mulher diz que não consegue viver sem o Waze. Meu cunhado diz que só se comunica pelo WhatsApp. Por telefone, nem pensar, não vai atender. Dizem que até pagariam por ambos. Quanta generosidade!
Os investimentos nestes projetos são enormes em decorrência da possibilidade de mercado que podem alcançar. Gestores de capital de risco vão em busca destes campeões de audiência, numa corrida frenética para identificar e chegar primeiro no próximo sucesso.
Esta cadeia de valor tem participantes em vários níveis, do nascimento à maturidade. Hoje são reconhecidos quase como deuses os profissionais que conseguiram enxergar um sucesso no momento da concepção da idéia. Tem tanto valor quanto o pai da idéia.
As start-ups querem se associar a estes profissionais. É um círculo virtuoso. São os novos donos do mundo.
Amigos me contam que na California não há nada que não seja regido por um App. Pensou em algo? Tem um aplicativo. Para estacionar na frente de um restaurante você aciona o aplicativo e, de repente, surge o manobrista vindo de skate para levar o seu carro. Na hora da saída o procedimento se repete e o carro chega com o skate devidamente acondicionado na mala.
Antes que você pergunte, sim, o serviço tem seu custo. As pessoas se esquecem que serviços custam, mesmo os que aparentemente não custam...