quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Ilan Goldman: ROI previsto, ROI realizado
Ilan Goldman: ROI previsto, ROI realizado: ROI previsto, ROI realizado Desde o meu primeiro projeto em desenvolvimento de software no estágio na Esso, em 1978, aprendi que a p...
ROI previsto, ROI realizado
ROI previsto, ROI realizado
Desde o meu primeiro projeto em desenvolvimento de software no estágio na Esso, em 1978, aprendi que a primeira tarefa a fazer antes de especificar qualquer coisa era definir o que a empresa teria a ganhar caso o software tivesse as funcionalidades desejadas pelos usuários. Me lembro bem que fazíamos uma lista de características, classificando-as como necessárias (e obrigatórias) ou desejáveis.
Assim nasceu o ROI na minha vida - Return On Investiment - que aliás nem sabia que se chamava assim. O fato é que sentávamos com os usuários para discutir os benefícios que a solução poderia gerar, fossem eles ganhos mensuráveis ou qualitativos.
Uma coisa que sempre me intrigou é que depois do projeto pronto e implantado ninguém queria saber se a mudança estava, de fato, gerando os benefícios previstos. É verdade que depois de pronto o investimento já teria sido realizado com a confecção da solução, mas ao menos a organização poderia saber o que de real foi obtido, para mais ou para menos.
Minha recomendação é que sempre se faça uma avaliação se o que foi plantado é o que está sendo colhido. Penso que deveria ser feita pelo menos seis meses depois do projeto implantado. Todas as partes envolvidas deveriam ser chamadas, ou seja, tanto a TI quanto os usuários. Nenhum é mais responsável do que o outro. Quando fazemos um projeto somos cúmplices e solidários.
Um outro ponto fundamental é o destino do projeto. Sim, porque todo projeto depois de implantado terá um destino. É o momento mais sensível e difícil do projeto. Este sai do holofote da empresa, crente que aquela situação está equacionada. Nananinanão! Aqui é que mora o perigo. Sempre há alguém a pedir mudanças que, na sua visão, vão ajudar a "melhorar" o projeto. Muitas vezes estas solicitações desvirtuam o objetivo do software, e mudam significativamente o propósito da solução. Isto porque a visão de quem solicitou não é compatível com o interesse da empresa.
Minha segunda recomendação é controlar a ferro e fogo as demandas em projetos implantados, tratando-as com o mesmo rigor gerencial do projeto. A maioria delas é desnecessária e o custo é superior ao benefício que trará. Algumas podem simplesmente mudar completamente os rumos que a empresa desejava e colocar o processo em risco. Infelizmente, é isto que acontece na maioria das empresas.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Conhecimento faz a diferença
Conhecimento faz a diferença
O conhecimento sempre fez a diferença.
Havia várias formas de codificar o conhecimento, mesmo antes da introdução do papel e, consequentemente, dos livros. Quem dominava os códigos de comunicação tinha uma superioridade sobre os demais. A própria história se conta a partir destes códigos.
Com a chegada do livro e da possibilidade de explicitar o conhecimento através de palavras registradas em papel, a educação floreceu e ganhou uma velocidade inacreditável. Se pensarmos que um estudante hoje aprende em cinco anos o que foi formulado e descoberto em séculos, temos uma boa idéia da diferença que o conhecimento disponível faz pela sociedade.
De certa forma, os aplicativos de computador são uma expressão de conhecimento. Eles representam os processos que as empresas querem que sejam executados, e são desenhados para cumprir a tarefa. Diferente dos livros, os processos expostos nos aplicativos mais se parecem com o conjunto de códigos de antigamente. Mesmo assim ninguém duvida da sua importância para uma organização.
Portanto, é preciso mais para capacitar o profissional para obter o resultado almejado. Sem falar que nem tudo pode ser traduzido em aplicativos.
Entendo que as empresas precisam construir os seus "livros", onde possam explicitar seu conhecimento e transmití-los entre seus pares para que haja continuidade e evolução. Da mesma forma que na educação, o conjunto de livros de uma empresa será o grande acelerador de produtividade e crescimento sustentável.
Acredito no conhecimento empresarial como fator diferencial. Não um fator secundário, mas o mais significativo que uma empresa pode almejar. Pensando nisto criamos o Pharos, a visão da Pix para a retenção e a difusão do conhecimento.
Se tudo que a empresa faz, da forma que considera a mais adequada, estiver explicitada num único local, acessível a quem interessa, é possível imaginar que não haverá fronteiras para onde se pode chegar. As empresas poderão evoluir a partir de experiências vivenciadas, sem retrabalhos e repetição de erros conhecidos.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Síndrome do "Deixa Comigo"
Síndrome do “Deixa Comigo”
Sei que este tema não é um privilégio da TI, mas pode
causar impactos negativos no negócio quando se trata desta área. Vou explicar
melhor: você passa uma tarefa para alguém com uma certa expectativa de retorno.
Aí o trabalho demora, demora, demora, e quando você vai ver, pouco ou nada foi
feito.
“O que houve?”, você pergunta.
“Estava tentando encontrar a solução mas não consegui.”
“E porque não pediu ajuda?”
“Para não atrapalhar o seu trabalho.”
“Ou seja, você só está decidindo quando atrapalhar, certo?”
Para enfrentar esta situação recomendo
algumas práticas, que vão desde o acompanhamento frequente das tarefas previstas,
principalmente com iniciantes e reincidentes, até a adoção de uma SLA – que corresponde a um
compromisso de atendimento a um determinado incidente, num prazo máximo
combinado. Se não houver mecanismos para a cobrança do trabalho antes mesmo de sua conclusão, e de alertas para a intervenção do gestor, dificilmente os prazos serão
alcançados, os projetos concluídos e os acordos respeitados.
Mais importante do que projetar o tempo para um trabalho
é ter as ferramentas e a gestão para acompanhar a sua realização. Ninguém nasce
sabendo, ainda mais numa área onde é preciso ter os mais diversos
conhecimentos, dos processos de negócio, da modelagem da solução, das técnicas
de desenvolvimento, e dos impactos com os demais processos da empresa.
O processo de aprendizado no caso da TI é através da capacitação, e não pelo método de tentativa e erro.
O processo de aprendizado no caso da TI é através da capacitação, e não pelo método de tentativa e erro.
Uma boa dica para acompanhar o que acontece na sua TI é
“no news is not good news”.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Entregar o que promete
Entregar
o
que promete
Quando resolvi escrever meu primeiro blog já tinha listado
mais de 50 temas sobre a minha experiência em
implantar projetos nas empresas.
Aprendi que devemos começar pelo que é mais
importante e elegi aquele que é o
meu guia, a minha obsessão.
Quando um usuário precisa da TI para
resolver uma situação, ele se
senta com o analista e descreve o seu
processo. Cuidadosamente, trocam
informações que vão resultar numa proposta de
projeto. Existem várias formas de
formalizar o entendimento. Para mim, o que dá
melhor resultado é quando o
analista descreve o processo que se propõe a
implementar. Este documento deve
ser revisto por todos os envolvidos até chegar
a uma versão final, devidamente
aprovada.
A partir deste momento há uma
cumplicidade entre as partes. O contrato,
representado pelo documento, foi estabelecido
e tem que ser cumprido. Entregar
no prazo, no custo, com qualidade e com as
funcionalidades prometidas é a meta
a ser implacavelmente perseguida. Qualquer
desvio, seja mudança ou barreira,
deve ser comunicado imediatamente, para que a
confiança seja mantida.
Descobri que entregar o que foi prometido
é a principal razão do sucesso
do projeto. Mesmo que, depois de implantado,
apareçam situações não previstas –
e sempre surgem. Porém, ninguém duvida que
estão todos comprometidos com o
resultado final.
Na Pix a orientação é para descrever
qualquer mudança solicitada, por
menor que seja, e enviar para revisão e
aprovação pelo usuário. Chamamos este
procedimento de Cenário. Depois é só entregar
o que prometemos. Funciona.
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