sábado, 25 de março de 2017

O primeiro a gente nunca esquece

O Wintility foi o primeiro produto da Pix.

O objetivo era estruturar as informações produzidas ou recebidas por áreas ou departamentos, de forma a garantir que os arquivos com estas informações ficassem no controle da empresa e não das pessoas. A razão era simples: pessoas se aposentavam e o conhecimento ia junto.

Em consequência, as expectativas eram de que os usuários ficassem mais produtivos, o retrabalho seria minimizado ou extinto, e a empresa saberia com exatidão o que foi enviado para qualquer interlocutor. Haveria um ganho claro de tempo e de qualidade, pois saberíamos a versão que vale e não haveria dificuldades de localizar um conteúdo previamente criado.

À época, as alternativas dos usuários eram guardar a informação no Windows Explorer. Neste ambiente o arquivo ficava fisicamente associado a uma única pasta. Ou seja, um mesmo nome de arquivo em pastas diferentes representavam arquivos físicos diferentes, mesmo que fossem um a cópia de outro.

No Wintility construímos a estrutura de tal forma que o mesmo arquivo estaria guardado em grupos diferentes, mas sem duplicação. O arquivo seria único. Assim podíamos ter vários grupos mostrando o mesmo arquivo. É o que chamamos de taxonomia ou classificação. A taxonomia era a forma lógica de pensar onde poderia estar um arquivo.

Outra mudança crucial era determinar o nome do arquivo e onde guardar. No Explorer era obrigação do usuário atribuir o nome e também escolher onde seria salvo. No Wintility criamos regras para que o nome fosse estabelecido pela solução, obedecendo critérios previamente definidos. Acrescentamos nestas regras o local onde o arquivo seria salvo, e também o modelo de documento para que o arquivo já fosse criado, com base em padrões adotados pela empresa.

Cada departamento criava a quantidade de regras necessárias para representar seus principais processos de trabalho. Junto ao arquivo, acrescentamos um histórico de ações realizadas, além da possibilidade de descrição e de proteção. Depois nasceu a ficha. O objetivo era complementar com informações que trouxessem mais conhecimento sobre o trabalho realizado. O desafio era enorme.

Nosso concorrente era simplesmente a maior empresa de software do mundo. As pessoas reconheciam as dificuldades mas não ousavam mudar um padrão mundial.

O Wintility nasceu em 1998. De lá para cá construímos várias versões com mais funcionalidades e ferramentas. Ganhamos prêmios, tivemos reconhecimento, vendemos em mais de 30 países, mas não vencemos as barreiras. Temos clientes até hoje.

Nossa empresa precisa do Wintility para funcionar. O nosso conhecimento pertence a Pix, e não as pessoas que aqui trabalham. Sucesso ou fracasso? não sei.

Deixo para você julgar.







sexta-feira, 17 de março de 2017

Aonde vamos? Os novos paradigmas da tecnologia

Esta semana fui almoçar com uma amiga de longa data. Ela estava impressionada com uma aula que assistiu de um professor de Stanford sobre inteligência artificial, ou AI, para ser mais elegante. "Ilan, você tem que fazer isto! Para tudo! é o futuro!", como se fosse ou isto ou o fim da Pix.

Dois meses atrás estive em Israel e visitei um dos centros de aceleração de start-ups, pertencente a um fundo bem sucedido. Ali respirava-se Big Data. As soluções eram na sua maioria uma fórmula mágica de extrair uma tendência sobre um determinado tema, a partir das milhões (bilhões! trilhões!) de informações da internet. Muito inventivo e impressionante. A internet é fonte inesgotável de conhecimento, se você tiver como separar o joio do trigo.

Voltando ao Brasil e aos meus amigos da Assespro, associação que congrega as empresas brasileiras de TI, o tema da moda em discussão era o IoT, ou seja, internet das coisas. "A nova tendência é o IoT tanto que governo brasileiro quer investir neste tema, e precisamos que dê força para o software", esta foi a conversa que perseverou. Uma excitação contagiante.

Leio no Valor Econômico artigos em profusão sobre as fintechs, e como elas estão na crista da onda em todo o mundo. Outro assunto muito comentado é o Blockchain e, junto a este, com maior destaque o Bitcoin, o dinheiro digital.

Faltou falar dos drones. Do carro sem motorista. Sempre acreditei no carro sem rodas. Afinal, os filmes de futuro mostram que podemos nos locomover em três dimensões.

Estamos vivendo várias quebras de paradigmas ao mesmo tempo. Não dá para acompanhar. Minha amiga comparou com a revolução do campo, que transformou a sociedade, levando o mundo a se urbanizar. No passado as pessoas semeavam, cuidavam de todo o ciclo da plantação e colhiam. A tecnologia chegou e as máquinas fazem quase tudo. Falta fazer chover na quantidade certa, no momento adequado. Acho que isto também vai ser possível. Se é que já não tem um app.

Quando acordei hoje, pensei na escova e na pasta de dente. Imagino que no futuro teremos um processo de limpar os dentes que não precise de abrasivos nem de escova. Na certa, os cientista vão descobrir que o processo atual é o causador de vários males para a saude.

A notícia do dia: start-up americana produz tiras de frango em laboratório a partir da autoreprodução de células. E mais! o gosto é de fato parecido com o do frango...